Taxonomia, características e alimentação
A população nidificante em Portugal pertence à subespécie Phoenicurus ochruros aterrimus. Os migradores invernantes, provenientes sobretudo da Europa Central e Ocidental, incluem-se na subespécie Phoenicurus ochruros gibraltariensis.
Os machos são, no verão, muito escuros, com umas partes mais claras nas asas. As fêmeas e os filhotes são cinzentos. O canto, apresentado logo às primeiras horas do crepúsculo matinal e sempre a partir de um ponto elevado, é uma estrofe curta, guinchada e grasnada e o seu grito de alarme é um "huid.tek-tek-tek".
A sua alimentação é baseada em insetos e aranhas, mas no inverno também se alimenta de bagas silvestres. Os insetos são vistos a partir do poiso e, geralmente, apanhados no chão. Os que voam lentamente e em linha reta são muitas vezes capturados no ar.
Biologia da reprodução
O ninho é apenas construído pelas fêmeas, em cavidades de escarpas, no interior de grutas, em taludes ou em construções humanas de diversos tipos, não sendo raro fazerem-no dentro de casas, abandonadas ou não, mas de onde possam entrar e sair livremente. O período de nidificação vai de abril a julho e engloba duas posturas, ocasionalmente três, e os ovos, seis ou sete, são dum branco translúcido. A duração do choco é de doze a treze dias e a permanência no ninho das aves recém-nascidas é de dezasseis a dezassete dias.
Movimentos e fenologia
Pelos estudos realizados, tudo indica que as populações nacionais sejam maioritariamente residentes. Os migradores invernantes têm origem, sobretudo, na Europa Central e Ocidental e começam a fazer-se notar no sul do país em meados de outubro. A maioria regressa aos seus locais de origem a partir de fevereiro e início de março.