Taxonomia, características e alimentação
Em Portugal nidifica a subespécie nominal, P. d. domesticus. Muito sociável. Pode-se dizer que se trata de uma ave do chão.
Os machos e as fêmeas apresentam plumagem diferente, sendo os primeiros caracterizados pela testa e a coroa cinzentas, dorso acastanhado com marcas escuras, babete preto e loros escuros. As fêmeas não apresentam babete nem loros escuros: têm uma plumagem acastanhada e uma risca creme do olho à nuca. O bico, em ambos, é grosso, como é característico numa ave granívora.
A dieta destas aves é composta por sementes diversas, tirando também partido dos desperdícios dos seres humanos.
Nas zonas urbanas, por exemplo, encontram alimento um pouco por toda a parte, desde esplanadas a jardins.
Biologia da reprodução
A biologia da reprodução desta ave não se encontra ainda bem estudada em Portugal, mas sabe-se que na Europa a época da reprodução pode ir de fevereiro a agosto, com três ou quatro posturas de quatro a seis ovos cada.
Os machos fazem a corte de frente para as fêmeas, com as asas pendentes e a cauda levantada, acompanhada de altos gorjeios. A cópula é quase sempre repetida com intervalos de segundos, ao mesmo tempo que o macho emite sons estridentes. O ninho é um confuso montículo, quase sempre situado numa cavidade, cujo interior se encontra revestido de penas. O choco dura entre doze a treze dias e os filhotes permanecem no ninho cerca de catorze dias. As avezinhas nascem nuas, nunca passando pela fase da penugem: crescem-lhes logo as penas do seu traje de aves jovens.
A maioria dos casais, à mais pequena perturbação, abandona os ovos ou os filhotes.
Movimentos e fenologia
O Pardal-comum é considerado uma ave sedentária. No entanto existe informação que permite afirmar que a espécie efetua alguns movimentos de amplitude desconhecida. Efetivamente, finda a época de nidificação, estas aves reúnem-se em grandes bandos, pelo que deverá haver, pelo menos, movimentos de âmbito local.