Abundância, distribuição e habitat
O Chamariz é uma das aves mais comuns em Portugal, distribuindo-se de norte a sul do país, embora seja mais escasso nas zonas áridas e desarborizadas do interior alentejano e sotavento algarvio.
Como nidificante, pode ser encontrado em todo o tipo de biótopos, desde que contenham algumas árvores, incluindo pomares, matas ribeirinhas, áreas agrícolas, bosques urbanos, parques e jardins.

Taxonomia, características e alimentação
A espécie é monotípica. Mede cerca de 12 centímetros de comprimento e possui o bico curvo e grosso. A rabadilha é de um amarelo brilhante e o macho tem o peito igualmente amarelo. Até à muda de Outono, as avezinhas novas são de um castanho avermelhado com listras longitudinais mais escuras.
A alimentação desta ave compõe-se de sementes e outras matérias vegetais, podendo também consumir, ocasionalmente, pequenos insetos.

Biologia da reprodução
O canto do Chamariz pode ser ouvido quase durante todo o ano, sendo mais frequente em fevereiro e março e muito raro durante o verão e o início de outono.
O macho canta durante cerca de 20 segundos a sua estrofe tilintante, de preferência do alto de um fio telefónico ou de uma antena de televisão, enquanto a fêmea choca, num bonito ninho escondido em arbustos ou em árvores, não muito altas.
A época de reprodução ocorre entre finais de fevereiro a finais de março, variando a postura entre 2 e 5 ovos com um período de incubação a rondar os 13 dias. As crias abandonam o ninho ao fim de 13 a 18 dias após a eclosão

Movimentos e fenologia
O Chamariz é considerado uma ave residente, mas não existem dúvidas de que alguns indivíduos realizam movimentos de amplitude considerável. Existem não só registos de aves anilhadas no Norte do país e recapturadas no Algarve, bem como aves anilhadas em Portugal e recapturadas em Espanha (e vice-versa).